A pneumonia em pacientes imunossuprimidos apresenta características particulares. Confira as 4 principais, desde os patógenos envolvidos até a resposta ao tratamento, e entenda como isso afeta o manejo clínico.
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Obter descontos!Quais pacientes são considerados imunossuprimidos?
Cerca de 10% dos pacientes internados por pneumonia são imunossuprimidos, um grupo que inclui:
- Indivíduos com neoplasias avançadas (estágios III e IV) ou hematológicas
- Pacientes em tratamento quimioterápico
- Portadores de HIV sem tratamento ou com CD4 < 200 células/mL
- Receptores de transplante de órgãos sólidos ou medula óssea
- Usuários de corticoides em altas doses (≥ 20 mg/dia por pelo menos 2 semanas)
- Pacientes em uso de imunobiológicos, drogas modificadoras de doenças reumáticas ou outros imunossupressores (como infliximabe, metotrexato, ciclofosfamida ou ciclosporina)
O risco de infecções relacionadas ao uso de corticoides, por exemplo, é dose-dependente.
Quais os principais patógenos em imunossuprimidos com pneumonia?
Os principais patógenos em imunossuprimidos são semelhantes aos encontrados em pacientes imunocompetentes.
Entre as bactérias gram-positivas, destacam-se:
- Streptococcus pneumoniae
- Staphylococcus aureus (MSSA)
- Streptococcus pyogenes
Já as gram-negativas incluem:
- Haemophilus influenzae
- Moraxella catarrhalis
- Klebsiella spp.
- Escherichia coli
Bactérias atípicas e vírus respiratórios, como o influenza e o coronavírus, também são comuns.
Quando considerar antibioticoterapia para bactérias resistentes?
A imunossupressão, por si só, não justifica o uso de antibioticoterapia de amplo espectro para bactérias resistentes.
Deve-se avaliar a história clínica e o grau de imunossupressão do paciente, considerando a possibilidade de infecções por micro-organismos oportunistas.
Um tratamento mais direcionado evita o uso indiscriminado de antibióticos e reduz o risco de resistência bacteriana.
Como é a resposta ao tratamento em pacientes imunossuprimidos?
Em uma coorte prospectiva publicada no Open Forum Infectious Disease, a mediana de tempo para a estabilidade clínica em pacientes imunossuprimidos com pneumonia foi de 2 dias.
Contudo, a mortalidade é significativa, com cerca de metade dos pacientes imunossuprimidos falecendo dentro de um ano após a hospitalização por pneumonia, ressaltando a gravidade da condição nesse grupo.