Os testes sorológicos para sífilis, embora essenciais, possuem limitações. Erros como resultados falso-negativos e falso-positivos podem ocorrer, exigindo atenção ao interpretar os exames.
Testes não-treponêmicos: como funcionam?
Os testes não-treponêmicos, como o VDRL e RPR, detectam anticorpos anticardiolipínicos, que não são específicos para o T. pallidum, mas estão presentes em pacientes com sífilis.
Embora úteis, demoram mais para positivar e, por serem quantitativos, são indicados para monitorar o tratamento e novas infecções.
Falso-negativo em testes não-treponêmicos: quais são as causas?
Efeito prozona | Ocorre devido a uma quantidade desproporcional de antígenos e anticorpos. A diluição da amostra pode corrigir esse efeito |
Infecção recente | O teste pode ainda não detectar a presença de anticorpos |
Infecção em estágio tardio | Independentemente do tratamento, o teste pode não detectar a infecção |
Tratamento empírico precoce | Pode interferir no resultado, levando a um falso-negativo |
Falso-positivo em testes não-treponêmicos: quando ocorre?
Falsos positivos transitórios | Condições como gravidez, imunizações e doenças febris (por exemplo, malária) podem resultar em falso-positivos temporários |
Falsos positivos permanentes | Doenças autoimunes (LES e SAAF), infecções crônicas (HIV, hanseníase, hepatite crônica) e a idade avançada podem resultar em falsos positivos permanentes |
Testes treponêmicos: maior especificidade
Testes treponêmicos, como o teste rápido e FTA-Abs, são mais específicos, detectando anticorpos IgM e IgG contra o T. pallidum.
Esses testes possuem uma janela imunológica mais curta e, por serem qualitativos, permanecem positivos por toda a vida do paciente.
Erros em testes treponêmicos: atenção aos resultados
- Falso-negativo: Pode ocorrer em casos de infecção muito recente ou imunossupressão grave.
- Falso-positivo: Outras infecções por espiroquetas, malária e hanseníase podem causar resultados falso-positivos em testes treponêmicos.