A Síndrome de Lise Tumoral (SLT) é uma emergência oncológica grave e potencialmente fatal. Veja os critérios laboratoriais e clínicos para o diagnóstico correto dessa condição.
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Obter descontos!O que é a Síndrome de Lise Tumoral?
A Síndrome de Lise Tumoral ocorre quando há a destruição maciça de células tumorais, o que leva a alterações eletrolíticas e metabólicas significativas.
O processo resulta na liberação de substâncias intracelulares, como:
- Potássio
- DHL (desidrogenase lática)
- Fosfato (que reduz os níveis de cálcio)
- Ácidos nucleicos (que aumentam o ácido úrico)
Esses elementos podem causar complicações graves se não forem rapidamente reconhecidos e tratados.
Como é feito o diagnóstico laboratorial da Síndrome de Lise Tumoral?
O diagnóstico laboratorial da SLT é feito com base na Classificação de Cairo-Bishop, que determina critérios numéricos para avaliar os níveis de eletrólitos e metabólitos.
É necessário o cumprimento de pelo menos dois dos seguintes critérios:
- Fósforo ≥ 4,5 mg/dL
- Potássio ≥ 6,0 mEq/L
- Cálcio ≤ 7,0 mg/dL
- Ácido úrico ≥ 8,0 mg/dL
Quais são os critérios clínicos da Síndrome de Lise Tumoral?
Além dos critérios laboratoriais é necessário observar os critérios clínicos.
Pelo menos um dos seguintes sinais deve estar presente para o diagnóstico de SLT:
- lesão renal aguda
- arritmia cardíaca
- sintomas neurológicos (como convulsões ou tetania)
Quais neoplasias apresentam maior risco de desenvolver SLT?
Algumas neoplasias possuem um risco mais elevado de desenvolvimento da Síndrome de Lise Tumoral. Entre elas, destacam-se:
- Linfoma de Burkitt
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA) com contagem de leucócitos > 100.000
- Linfoma não-Hodgkin
- Leucemia Linfoblástica Aguda
O que observar em pacientes com risco de Síndrome de Lise Tumoral?
Em pacientes com eletrólitos previamente alterados, recomenda-se observar variações de até 25% em relação aos níveis anteriores.
Um ponto importante é que a SLT espontânea é rara, mas pode ser reconhecida pela ausência de hiperfosfatemia, pois o fosfato é reutilizado pelas células tumorais ainda ativas.
Para saber mais
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Referências
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