Como reconhecer as principais sequências da ressonância magnética?

Como reconhecer as principais sequências da ressonância magnética?
18/10/2024
5 min

Aprenda a reconhecer as principais sequências da ressonância magnética (RM), como T1, T2, FLAIR e Difusão, e saiba como elas afetam a visualização de tecidos.


O que é ressonância magnética e como as sequências funcionam?

A RM é uma das modalidades de imagem mais precisas e versáteis disponíveis, especialmente usada em neurologia.

Cada sequência consiste em uma técnica de aquisição de imagem que altera a aparência dos tecidos, permitindo identificar diversas condições. 

Ponderação em T1

É a sequência básica e exibe a aparência anatômica. 

Nela, a substância cinzenta aparece com um sinal hipointenso (mais escuro), e a substância branca, com um sinal hiperintenso (mais claro).

É ideal para uso com contraste de gadolínio, que melhora a visualização de algumas lesões.

Ponderação em T2

Na sequência T2, há uma inversão de contraste em relação à T1.

A substância cinzenta e o líquido cefalorraquidiano aparecem hiperintensos, enquanto a substância branca aparece mais escura.

Nessa sequência, o gadolínio não oferece bom contraste, sendo mais indicado para imagens sem contraste.

Para que serve a sequência FLAIR?

A sequência FLAIR (Fluid Attenuated Inversion Recovery) é projetada para atenuar o sinal do líquido livre, como o líquor, facilitando a visualização de lesões, como as desmielinizantes.

É útil em diagnósticos de doenças neurológicas, como esclerose múltipla.

Qual a função da sequência de Difusão?

A sequência de difusão avalia o movimento das moléculas de água, sendo útil na detecção de lesões como AVC, abscessos e alguns tumores.

No entanto, pode haver artefatos, como o efeito T2, que exigem o uso de técnicas adicionais, como o Coeficiente de Difusão Aparente (ADC) para verificar a veracidade da restrição.

Quando usar o ADC?

É utilizado para confirmar se a restrição de difusão observada é verdadeira, pois o efeito T2 pode gerar falsos positivos.

Através dessa sequência, é possível obter uma imagem mais clara da restrição de movimento molecular.

Referências

  1. Bitar, R., Leung, G., Perng, R., Tadros, S., Moody, A. R., Sarrazin, J., … Roberts, T. P. (2006). MR Pulse Sequences: What Every Radiologist Wants to Know but Is Afraid to Ask. RadioGraphics, 26(2), 513–537
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