O tratamento do pé diabético infectado requer uma escolha cuidadosa de antimicrobianos, dependendo da gravidade da infecção e dos microrganismos envolvidos.
Quais microrganismos estão envolvidos nas infecções de pele em diabéticos?
As infecções que acometem o pé diabético geralmente envolvem Staphylococcus aureus, incluindo cepas resistentes à meticilina (MRSA), e Streptococcus pyogenes.
Esses microrganismos são os principais alvos na escolha de antimicrobianos para tratar essas infecções.
Como tratar infecções leves?
Para infecções leves, a diretriz da International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) recomenda uma cobertura inicial contra cocos gram-positivos.
Pacientes que foram recentemente expostos a antibióticos devem receber também cobertura para gram-negativos.
Além disso, para pacientes com fatores de risco, é essencial considerar a inclusão de cobertura para MRSA (confira na revisão #9 do Guia TdC).
Quais são as abordagens para infecções moderadas a graves?
- Sem complicações: a recomendação é cobrir tanto cocos gram-positivos quanto bacilos gram-negativos
- Exposição recente a antimicrobianos: cobertura deve incluir cocos gram-positivos e bacilos gram-negativos
- Úlcera macerada em clima quente: necessário adicionar cobertura para bacilos gram-negativos e Pseudomonas
- Isquemia, necrose ou formação de gás: cobrir cocos gram-positivos, bacilos gram-negativos e anaeróbios
Qual a diferença no tratamento quando há comprometimento ósseo?
Quando há envolvimento ósseo, a escolha da terapia antimicrobiana é semelhante à das infecções de partes moles, mas a duração do tratamento varia:
- Infecção leve: 1 a 2 semanas.
- Infecção grave/moderada: 2 a 4 semanas.
- Osteomielite com ressecção cirúrgica completa: 2 a 5 dias.
- Osteomielite com ressecção parcial ou análise histológica positiva: 4 a 6 semanas.
- Osteomielite sem ressecção cirúrgica: 6 semanas.
Para saber mais!
Ouça nosso episódio e tenha mais detalhes de como avaliar, quando suspeitar de osteomielite e como tratar o pé diabético infectado.