Após o diagnóstico de diabetes, é crucial seguir orientações específicas para o controle da condição. Saiba como avaliar comorbidades, definir metas de tratamento e explorar as opções terapêuticas.
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Obter descontos!Avaliar comorbidades
Um dos primeiros passos é investigar a presença de comorbidades que podem influenciar diretamente o tratamento do diabetes.
Algumas condições associadas ao diabetes incluem:
- Dislipidemia
- Hipertensão Arterial
- Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
- Obesidade
- Sarcopenia
- Síndrome Metabólica
A identificação dessas condições auxilia na classificação do paciente e na escolha do tratamento mais adequado.
Buscar lesões de órgão-alvo
É essencial rastrear possíveis lesões em órgãos-alvo que podem ser agravadas pelo diabetes.
Os principais órgãos que devem ser avaliados são:
- Neuropatia: Pesquise sinais de disfunção autonômica, como taquicardia e síncope. Utilize o teste de monofilamento para detectar neuropatia periférica.
- Doença renal do diabetes: Realize dosagem de creatinina sérica e pesquisa de microalbuminúria para avaliar a função renal.
- Retinopatia: A fundoscopia é o exame indicado para rastrear complicações oculares
.
Definir metas de tratamento
Estabelecer metas claras para o controle glicêmico é crucial para prevenir complicações do diabetes.
As metas variam de acordo com o perfil do paciente:
Pacientes com DM1 ou DM2 | HbA1c < 7,0, glicemia de jejum entre 80-130 mg/dL e glicemia pós-refeição < 180 mg/dL |
Idosos saudáveis | HbA1c < 7,5, glicemia de jejum entre 80-130 mg/dL |
Idosos frágeis | HbA1c < 8,0, glicemia de jejum entre 90-150 mg/dL |
Idosos muito comprometidos | Evitar sintomas de hipo/hiperglicemia, com glicemia de jejum entre 100-180 mg/dL |
Explorar opções terapêuticas
O tratamento do diabetes inclui tanto mudanças no estilo de vida quanto intervenções farmacológicas.
Algumas das principais recomendações de mudança de estilo de vida incluem perda ponderal (5 a 7% do peso inicial), atividade física (mínimo de 150 minutos por semana) e mudança de hábitos alimentares.
Enquanto no tratamento medicamentoso, a metformina continua sendo a primeira droga. E dependendo das prioridades do tratamento, outros antidiabéticos podem ser associados, como análos de GLP-1 para perda de peso, inibidores da SGLT-2 para proteção cardiovascular ou até as sulfonilureias em cenários que necessitem de custo baixo.
Para saber mais sobre essas opções terapêuticas, escute o episódio 15 do podcast sobre a Segunda Droga em Diabetes.
Considerações no acompanhamento
O acompanhamento contínuo é vital para o sucesso no controle do diabetes. As principais considerações incluem:
- Reavaliar adesão terapêutica e a técnica de insulinação.
- Manter calendário vacinal atualizado para prevenir infecções.
- Avaliar desejo gestacional para ajustar o tratamento durante a gravidez, garantindo a saúde da mãe e do bebê.
Referências
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- American Diabetes Association Professional Practice Committee (2024). 9. Pharmacologic Approaches to Glycemic Treatment: Standards of Care in Diabetes-2024. Diabetes care, 47 (Suppl 1), S158-S178. https://doi.org/10.2337/dc24-S009
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