Diagnóstico de Hipertensão: O Que Fazer a Seguir?

Diagnóstico de Hipertensão: O Que Fazer a Seguir?
20/10/2024
6 min

Após o diagnóstico de hipertensão, é crucial seguir passos específicos para controlar a condição, como avaliar comorbidades e estabelecer metas de tratamento.


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Avaliação Inicial: Comorbidades e Antecedentes

O primeiro passo após o diagnóstico é realizar a estratificação de risco desse paciente.

  • Comorbidades: Históricos de dislipidemia, tabagismo, obesidade e diabetes devem ser considerados.
  • Antecedentes: Históricos de doença cardiovascular clínica são igualmente importantes.
  • Exames Solicitados: Com objetivo de estabelecer as metas terapêuticas adequadas.

Avaliação de Lesões de Órgão Alvo

Uma vez identificadas as comorbidades, o próximo passo é avaliar possíveis lesões em órgãos alvo, que podem ser consequências da hipertensão descontrolada.

Órgão Possíveis lesões Exame inicial
Coração Insuficiência cardíaca e doença coronariana ECG
Rim Doença renal crônica Creatinina, ureia, eletrólitos, urina I e albuminúria
Retina Retinopatia hipertensiva (pacientes com hipertensão grave ou diabetes concomitante) Fundo de olho, retinografia
Vasos Doença aterosclerótica obstrutiva periférica Orientados pela suspeita clíncia
Cérebro Agudo: Acidente vascular cerebral (AVC) 
Crônico: Demência vascular 
Testes congnitivos, tomografica computadorizada

Estabelecendo Metas de Tratamento

Após a avaliação, definir as metas de pressão arterial (PA) é crucial para o manejo da hipertensão:

  • PA Ideal: < 130/80 mmHg*.
  • Risco Cardiovascular Baixo/Moderado: PA < 140/90 mmHg**.
  • Mais de 65 Anos: PA < 140/90 mmHg.

*recomendação do guideline da ACC/AHA
**recomendação da Diretriz Brasileria de Hipertensão

Descartar Hipertensão Secundária e Confundidores

Em pacientes jovens (<30 anos) ou mais velhos (>55 anos) com hipertensão estágio III, é necessário descartar causas secundárias:

  • Hiperaldosteronismo
  • Estenose de artéria renal
  • Síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono
  • Feocromocitoma
  • Hiper ou hipotireoidismo
  • Drogas: anti-inflamatório não esteroides, glicocorticóides, cocaína

A investigação inicial nesses casos requer dosagem da função renal, eletrocardiogarma, perfil lipídico e glicêmico.

Planejamento dos Retornos

O acompanhamento é essencial para o controle eficaz da hipertensão:

Ideal 1 consulta por mês nos primeiros 3 meses. Em caso de boa resposta e adesão ao tartamento, orienta-se retorno em até 1 ano
Dificuldade de Controle Avaliações semanais até estabilização da pressão arterial. Após controle, retorno em 6 meses
Hipertensão Descompensada Seguimento mensal até controle da PA

Referências

  1. Mancia, Giuseppe et al. “2023 ESH Guidelines for the management of arterial hypertension The Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Hypertension: Endorsed by the International Society of Hypertension (ISH) and the European Renal Association (ERA).” Journal of hypertension vol. 41,12 (2023): 1874-2071. doi:10.1097/HJH.0000000000003480
  2. Whelton, Paul K et al. “2017 ACC/AHA/AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA Guideline for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood Pressure in Adults: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines.” Hypertension (Dallas, Tex. : 1979) vol. 71,6 (2018): e13-e115. doi:10.1161/HYP.0000000000000065
  3. Hypertension in adults: diagnosis and management. National Institute for Health and Care Excellence (NICE), 18 March 2022.
  4. Barroso, Weimar Kunz Sebba et al. “Brazilian Guidelines of Hypertension - 2020.” “Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.” Arquivos brasileiros de cardiologia vol. 116,3 (2021): 516-658. doi:10.36660/abc.20201238
  5. Tschanz, Cdr Mark P et al. “Synopsis of the 2020 U.S. Department of Veterans Affairs/U.S. Department of Defense Clinical Practice Guideline: The Diagnosis and Management of Hypertension in the Primary Care Setting.” Annals of internal medicine vol. 173,11 (2020): 904-913. doi:10.7326/M20-3798
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