Diferenças entre IGRA e PPD

Diferenças entre IGRA e PPD
Victor Delia
21/11/2024
5 min

Neste artigo, exploramos as diferenças entre os testes IGRA (Interferon Gama Release Assay) e PPD (Purified Protein Derivative), ambos usados no diagnóstico de tuberculose latente. Entenda suas características e saiba qual exame é mais indicado.


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Características do Teste PPD

O teste consiste na inoculação transdérmica de um antígeno proteico do Mycobacterium tuberculosis, geralmente no antebraço esquerdo, com leitura da reação cutânea após 48 a 72 horas.

Principais características:

  • exige duas visitas à unidade de saúde.
  • apresenta reação cruzada com outras micobactérias e com a vacina BCG.
  • não distingue infecção latente de ativa.
  • amplamente disponível, mas requer profissional capacitado para aplicação.

Características do Teste IGRA

Trata-se de um ensaio imunoenzimático que mede a liberação de interferon-gama por células T após exposição a antígenos específicos do Mycobacterium tuberculosis, como ESAT-6 e CFP-10.

Principais características:

  • requer apenas uma visita à unidade de saúde.
  • não apresenta reação cruzada com outras micobactérias.
  • também não distingue infecção latente de ativa.
  • oferece um resultado qualitativo (positivo/negativo) de fácil interpretação, porém é menos amplamente disponível.

Qual exame escolher?

Quando disponível, o IGRA é preferível devido à sua praticidade e maior especificidade.

Ele usa antígenos mais específicos do Mycobacterium tuberculosis, o que reduz a chance de resultados falsos positivos.

Contudo, o IGRA nem sempre está acessível. Nesses locais, o Ministério da Saúde recomenda priorizar os seguintes grupos para o teste PPD:

  • pacientes com HIV e CD4 > 350 células.
  • crianças contactantes de casos de tuberculose ativa.
  • candidatos a transplante de órgãos sólidos ou de células-tronco.
  • pacientes que utilizarão imunobiológicos ou imunossupressores.

Para saber mais

Explore mais sobre tuberculose latente em nosso episódio.

Referências

  1. Shah, M., & Dorman, S. E. (2021). Latent tuberculosis infection. New England Journal of Medicine, 385(24), 2271-2280.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. (2018). Protocolo de vigilância da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Brasil.
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