Febre Maculosa Brasileira: Entenda a Doença

Febre Maculosa Brasileira: Entenda a Doença
12/09/2024
5 min

A Febre Maculosa é uma zoonose causada por bactérias transmitidas pela picada de carrapatos infectados. Conheça sintomas, diagnóstico e formas de suspeitar da doença.


O que é a Febre Maculosa?

A Febre Maculosa Brasileira é uma doença zoonótica causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos infectados.

Recentemente, a doença ganhou destaque devido a casos confirmados em Campinas, São Paulo, que resultaram em óbitos.

A infecção se espalha pelo sistema hematogênico e linfático, levando a lesões no endotélio e apresentando um período de incubação que varia de 2 a 14 dias.

Quais são os primeiros sintomas da Febre Maculosa?

Os sintomas iniciais da Febre Maculosa são inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Entre os sinais, destacam-se:

  • febre alta e de início súbito
  • cefaleia (holocraniana de forte intensidade)
  • mialgia, artralgia e prostração
  • náuseas e vômitos

Esses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, o que reforça a importância de estar atento ao histórico de picadas de carrapato.

Quando surgem os sintomas cutâneos?

Os sintomas cutâneos da Febre Maculosa costumam aparecer por volta do quinto dia de doença.

O principal sinal dermatológico é o exantema maculopapular, caracterizado por lesões entre 1 e 5 mm, que aparecem nas palmas das mãos, plantas dos pés, tornozelos e punhos. Essas lesões não causam coceira.

Nos casos mais graves, a doença pode evoluir para uma síndrome febril hemorrágica ou uma forma ictero-hemorrágica, aumentando significativamente o risco de complicações.

Como a Febre Maculosa é diagnosticada?

O diagnóstico da Febre Maculosa pode ser desafiador, já que as alterações laboratoriais também são inespecíficas. Podem incluir:

  • plaquetopenia
  • aumento da creatinoquinase, desidrogenase lática, transaminases
  • sinais de falência orgânica (eleveção de creatina, ureia e bilirrubinas)

A confirmação do diagnóstico pode ser feita por meio de amostras de sangue, pele ou vísceras, utilizando métodos de isolamento direto ou PCR. A sorologia pareada é usada de forma retrospectiva, não ajudando na decisão imediata de tratamento.

Para saber mais

Ouça nosso TdC Report sobre o tema:

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