A Febre Maculosa é uma zoonose causada por bactérias transmitidas pela picada de carrapatos infectados. Conheça sintomas, diagnóstico e formas de suspeitar da doença.
O que é a Febre Maculosa?
A Febre Maculosa Brasileira é uma doença zoonótica causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos infectados.
Recentemente, a doença ganhou destaque devido a casos confirmados em Campinas, São Paulo, que resultaram em óbitos.
A infecção se espalha pelo sistema hematogênico e linfático, levando a lesões no endotélio e apresentando um período de incubação que varia de 2 a 14 dias.
Quais são os primeiros sintomas da Febre Maculosa?
Os sintomas iniciais da Febre Maculosa são inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Entre os sinais, destacam-se:
- febre alta e de início súbito
- cefaleia (holocraniana de forte intensidade)
- mialgia, artralgia e prostração
- náuseas e vômitos
Esses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, o que reforça a importância de estar atento ao histórico de picadas de carrapato.
Quando surgem os sintomas cutâneos?
Os sintomas cutâneos da Febre Maculosa costumam aparecer por volta do quinto dia de doença.
O principal sinal dermatológico é o exantema maculopapular, caracterizado por lesões entre 1 e 5 mm, que aparecem nas palmas das mãos, plantas dos pés, tornozelos e punhos. Essas lesões não causam coceira.
Nos casos mais graves, a doença pode evoluir para uma síndrome febril hemorrágica ou uma forma ictero-hemorrágica, aumentando significativamente o risco de complicações.
Como a Febre Maculosa é diagnosticada?
O diagnóstico da Febre Maculosa pode ser desafiador, já que as alterações laboratoriais também são inespecíficas. Podem incluir:
- plaquetopenia
- aumento da creatinoquinase, desidrogenase lática, transaminases
- sinais de falência orgânica (eleveção de creatina, ureia e bilirrubinas)
A confirmação do diagnóstico pode ser feita por meio de amostras de sangue, pele ou vísceras, utilizando métodos de isolamento direto ou PCR. A sorologia pareada é usada de forma retrospectiva, não ajudando na decisão imediata de tratamento.
Para saber mais
Ouça nosso TdC Report sobre o tema: