Febre no Lúpus: Atividade de Doença ou Infecção?

Febre no Lúpus: Atividade de Doença ou Infecção?
13/10/2024
4 min

A febre em pacientes com lúpus pode ser tanto sinal de atividade da doença quanto de infecção. Aprenda como diferenciar essas condições para evitar tratamentos inadequados.


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Doença ativa ou infecção?

A febre é um sintoma comum em pacientes com lúpus, mas determinar sua causa pode ser um desafio.

A distinção correta é fundamental para guiar o tratamento, especialmente devido ao uso de medicações imunosupressoras no manejo do Lúpus, que podem agravar infecções. 

Nesse contextos, muitas vezes será necessário adiar temporariamente o tratamento imunossupressor. 

Quando suspeitar de infecção?

Suspeitar de infecção é essencial, principalmente se alguns sinais clínicos específicos estiverem presentes. Confira as pistas mais importantes para identificar uma possível infecção:

  • PCR significativamente aumentada (> 5 - 6 mg/dL).
  • Razão VHS/PCR < 2.
  • Febre persistente que não melhora com o uso de antipiréticos.
  • Relação plaqueta/linfócito elevada (> 150 - 250).
  • Relação neutrófilo/linfócito elevada (> 3,5 - 5,0).

Atenção: Os pontos de corte citados acima não são totalmente consensuais na literatura.

Outros fatores a serem considerados

Além das cinco principais pistas, alguns outros dados podem ajudar a diferenciar entre infecção e atividade da doença no lúpus. Isso inclui:

  • Dados objetivos de infecção na história clínica e exames complementares;
  • Histórico de atividade de doença prévia;
  • Dosagem de Anti-DNA de fita dupla e consumo de complemento (C3 e C4), que apontam mais para a atividade da doença.

Conclusão

Distinguir entre infecção e atividade do lúpus é essencial para evitar tratamentos inadequados, como o uso de imunossupressores durante uma infecção.

Monitorar os sinais e realizar exames adequados são passos cruciais no manejo desses pacientes.

Referências

  1. Kim HA, Jung JY, Suh CH, et al. Usefulness of neutrophil-to-lymphocyte ratio as a biomarker for diagnosing infections in patients with systemic lupus erythematosus. Clin Rheumatol. 2017;36(11):2479-85.
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  7. Starlin J. Lúpus eritematoso sistêmico na atenção hospitalar terciária: avaliação de fatores clínicos e laboratoriais associados à infecção. Dissertação de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. 2019.
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