Entenda as causas, como a Paralisia de Bell, e os tratamentos disponíveis para esse quadro.
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Obter descontos!Causas de paralisia facial súbita
A paralisia facial de início súbito pode ser indicativa de Paralisia de Bell, uma condição que acomete o nervo facial (VII par craniano), responsável pelas funções motoras e sensoriais da face.
Embora a etiologia permaneça incerta, o acometimento está frequentemente associada a:
- Reativação viral, especialmente o herpes-vírus humanos tipos 1 (HSV-1);
- Gestação e puerpério, com um risco aproximadamente três vezes maior no terceiro trimestre e no puerpério imediato;
- Diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.
Quadro Clínico da Paralisia de Bell
O quadro clínico está diretamente relacionado ao comprometimento das funções desempenhadas pelo nervo facial, incluindo:
Motora | Musculatura da mímica facial e do platisma |
Sensitiva | Sensibilidade gustatória e somática em parte do meato acústico externo |
Autonômico | Salivação e lacrimação |
Quais são os sinais de paralisia facial periférica?
Para determinar se a paralisia é periférica e típica da Paralisia de Bell, é necessário avaliar:
- envolvimento da porção superior e inferior da face;
- perda de gustação e redução da lacrimação;
- início súbito com progressão em até 3 semanas.
Quando suspeitar de outro diagnóstico?
Existem sinais de alerta que indicam a necessidade de investigar outras causas para a paralisia facial:
- Tempo:
- Início gradual ou ictal
- Sem melhora após 3 meses
- Clínica:
- Paralisia Facial Bilateral
- Acometimento de outros Nervos Cranianos; Alteração no exame neurológico somático (ex: hemiparesia, arreflexia)
- Infecções, Neoplasias e Suspeita de infecção por HIV
Tratamento da Paralisia de Bell
É fundamental orientar o paciente sobre o caráter benigno da condição, o curso natural do quadro e as perspectivas de recuperação. Apesar de geralmente favorável, o prognóstico pode variar.
O tratamento farmacológico com corticosteroides tem recomendação nível A.
Prednisona 60 mg/dia por 5 dias |
Seguida por redução gradual de 10 mg/dia ao longo de 5 dias.
Não esqueça os cuidados oculares: medidas como lubrificação ocular e oclusão noturna são indispensáveis para prevenir complicações oftalmológicas, especialmente em casos de má oclusão palpebral.
O uso de antivirais apresenta recomendação nível C, conforme a American Academy of Neurology (2012). Em casos de paralisia facial severa, sugere-se a associação de valaciclovir 1 g a cada 8 horas por 7 dias com corticosteroides, embora o benefício seja incerto. O uso isolado de antivirais, entretanto, não demonstra eficácia comprovada.
Referências
- Reich, S. G. (2017). Bell’s Palsy. CONTINUUM: Lifelong Learning in Neurology, 23(2), 447–466
- Gronseth, G. S., Paduga, R., & American Academy of Neurology (2012). Evidence-based guideline update: steroids and antivirals for Bell palsy: report of the Guideline Development Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology, 79(22), 2209–2213.