Piperacilina+Tazobactam e Cefepime cobrem Pseudomonas e enterobactérias resistentes, mas diferem na ação contra anaeróbios e enterococos. Saiba mais.
O que são Piperacilina+Tazobactam e Cefepime?
Piperacilina+Tazobactam e Cefepime são betalactâmicos de amplo espectro, indicados em dois principais cenários:
- infecções por Pseudomonas
- infecções por enterobactérias resistentes a betalactâmicos de menor espectro, como ceftriaxona
Embora ambos sejam eficazes em casos graves, é importante entender as diferenças no perfil de cobertura antimicrobiana entre eles.
Quais são as diferenças de cobertura entre Piperacilina e Cefepime?
A principal diferença entre esses antibióticos está na cobertura de microrganismos anaeróbios e enterococos.
Piperacilina+Tazobactam oferece cobertura para anaeróbios e enterococos, o que não ocorre com o Cefepime.
Se um paciente estiver em uso de Cefepime e houver necessidade de cobertura para anaeróbios, é necessário associar outro antimicrobiano, como o metronidazol.
Já para cobertura de enterococos, a associação com ampicilina é necessária, ou a escolha de um esquema terapêutico alternativo
Quando escolher Piperacilina+Tazobactam ou Cefepime?
A escolha entre Piperacilina+Tazobactam e Cefepime depende do perfil microbiológico da infecção.
Em casos onde há suspeita ou confirmação de infecção por anaeróbios ou enterococos, Piperacilina+Tazobactam seria a melhor escolha.
No entanto, se a cobertura for focada em Pseudomonas e enterobactérias resistentes, ambos os fármacos podem ser opções válidas, mas o Cefepime pode necessitar de ajustes com outros antibióticos para atingir a cobertura ideal.
Para enterococos, a adição de ampicilina ou a substituição completa do Cefepime por um antibiótico com cobertura mais ampla pode ser indicada, dependendo do quadro clínico.
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