Push Dose de Adrenalina: Manejo da Hipotensão na Emergência

Push Dose de Adrenalina: Manejo da Hipotensão na Emergência
17/10/2024
5 min

A push dose de adrenalina é uma técnica útil em situações de emergência para tratar a hipotensão, especialmente após intubação. Entenda como prepará-la e aplicá-la de forma segura.


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O que é?

A push dose de adrenalina consiste em uma dose em bolus de adrenalina diluída, utilizada para controlar a hipotensão grave em emergências.

Esse método é particularmente indicado em cenários em que a hipotensão pode aumentar a morbidade e mortalidade, como:

  • Pós-intubação
  • Retorno à circulação após parada cardiorrespiratória (PCR)
  • Trauma crânio-encefálico (TCE)

Pós-intubação

A hipotensão após intubação ocorre em até 24% dos casos e a administração de adrenalina pode ser necessária enquanto a preparação da noradrenalina está em andamento.

Como Preparar?

Existem dois métodos principais para preparar a push dose de adrenalina, ambos resultando em uma solução com concentração de 10 mcg/ml.

Modo 1

  1. Dilua 1 ampola de adrenalina (1 mg/ml) em 100 ml de soro fisiológico 0,9%.

Modo 2

  1. Dilua 1 ampola de adrenalina (1 mg/ml) em 9 ml de soro fisiológico 0,9%.
  2. Pegue 1 ml dessa solução e dilua novamente em 9 ml de soro fisiológico 0,9%.

Ambos os métodos oferecem a mesma concentração final, pronta para administração em bolus.

Como Administrar?

Dosagem prática: 0,5 a 2 ml a cada 5 minutos, com uma dose de 5 a 20 mcg, ajustada conforme a necessidade do paciente.

Outras informações importantes:

  • Concentração: 10 mcg/ml
  • Início do efeito: 1 minuto
  • Duração: 5 a 10 minutos

Vantagens e Limitações

Esse método de administração é pouco estudado, sendo mais comum em anestesiologia com a utilização de fenilefrina, que não causa taquicardia como a epinefrina.

No entanto, a fenilefrina pode ser menos disponível nas salas de emergência.

Referências

  1. HOLDEN, Devin et al. Safety considerations and guideline-based safe use recommendations for “bolus-dose” vasopressors in the emergency department. Annals of emergency medicine, v. 71, n. 1, p. 83-92, 2018.
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