A reposição de ferro em pacientes com insuficiência cardíaca deve ser feita preferencialmente via endovenosa. A via oral não melhora a capacidade funcional. Confira as recomendações da American Heart Association (AHA).
Ferro e insuficiência cardíaca
A AHA recomenda que todo paciente com insuficiência cardíaca (IC) seja rastreado para ferropenia pelo menos uma vez.
Para isso, são utilizados exames de dosagem de ferro, ferritina e transferrina.
A deficiência de ferro, mesmo quando não há anemia, está associada à piora da capacidade funcional e da qualidade de vida desses pacientes.
O que caracteriza a deficiência de ferro na IC?
A deficiência de ferro em pacientes com IC pode ser diagnosticada quando:
Ferritina < 100 µg/L ou entre 100 - 300 µg/L, se a saturação de transferrina < 20% |
Além da deficiência de ferro, outros fatores, como inflamação crônica e doença renal crônica, podem contribuir para a anemia nesses pacientes.
Se houver deficiência de ferro, investigue a causa!
Via oral ou endovenosa: Qual a melhor escolha?
Atualmente, a reposição de ferro via endovenosa (EV) é recomendada para pacientes com IC e deficiência de ferro, de acordo com a AHA*.
Estudos indicam que a reposição via oral (VO) não melhora os sintomas nem a capacidade funcional desses pacientes.
Em contraste, a reposição EV pode reduzir sintomas, otimizar a classe funcional e a qualidade de vida, sendo a via preferencial para esses casos.
*Recomendação classe IIa - guideline de AHA de 2022