O rituximab é um anticorpo monoclonal usado no tratamento de doenças como linfoma, artrite reumatoide e nefropatia membranosa. Entenda seu mecanismo de ação, indicações e muito mais.
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Obter descontos!O que é o Rituximab?
É um anticorpo monoclonal quimérico de camundongo/humano que atua diretamente contra o antígeno CD20, presente na superfície dos linfócitos B.
Indicado principalmente para o tratamento de condições hematológicas e doenças autoimunes.
Qual mecanismo de ação?
A medicação promove morte celular ao se ligar ao CD20, levando a redução dos linfócitos B e de outras células que também expressam o CD20, como as células dos linfomas.
Quando indicar?
O rituximab é usado no tratamento de diversas doenças, englobando várias especialidades.
Hematologia |
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Reumatologia |
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Nefrologia e Dermatologia |
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*Tratamento em casos refratários
Reações Adversas
Apesar de sua eficácia em vários cenários, é importante monitorar os pacientes devido ao risco de reações adversas significativas.
Reativação da Hepatite B
Pode causar reativação em pacientes que já tiveram contato com o vírus:
- HBsAg positivo: Reativação típica.
- HBsAg negativo e anti-HBc positivo: Soroconversão reversa.
Por isso é necessário, antes do início do tratamento, pesquisar infecção pelo vírus B e monitorizar durante a terapia e pelo menos 2 anos após.
Hipogamaglobulinemia e Infecções
O rituximab pode reduzir os níveis de imunoglobulinas, o que aumenta o risco de infecções virais e oportunistas.
Infecções virais novas ou reativadas | Varicela zoster, citomegalovírus, herpes simples, hepatites B e C |
Infecções oportunistas | Pneumocistose, meningite criptocócica |
Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)
A LEMP é uma doença grave causada pela reativação do vírus JC. Sua ocorrência foi descrita principalmente dentro de 12 meses após a última dose de rituximab.
Reações adversas relacionadas à infusão
Pode provocar durante a infusão intravenosa:
- Tosse, broncoespasmo
- Angioedema, urticária
- Hipotensão, hipóxia
- Síndrome do desconforto respiratório agudo
- Arritmias, infarto
Para mininizar os riscos, indica-se a infusão lenta e diluição adequada do medicamento. Outra opção é utilizar analgésicos, anti-histamínicos e corticoides de maneira prévia a infusão. E monitorar constantemente o paciente.
Como avaliar a eficácia do rituximab?
A eficácia do tratamento com rituximab é medida pela dosagem do CD19, que é um marcador de superfície das células B.
Isso permite verificar a depleção dessas células, indicando o sucesso da terapia.
Referências
- Plosker, G.L., Figgitt, D.P. Rituximab. Drugs 63, 803–843 (2003).
- Casanova Estruch, B. (2013). Safety profile and practical considerations of monoclonal antibody treatment. Neurologia, 28, pp. 169-178.
- Rituximabe para o tratamento da artrite reumatoide: Revisão sistemática. Revista Brasileira de Reumatologia, Volume 54, Issue 3, 2014,
- Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia para a terapia de indução para vasculite associada a ANCA, Revista Brasileira de Reumatologia, V 57, Supplement 2, 2017
- Dermatomiosite e polimiosite: da imunopatologia à imunoterapia (imunobiológicos), Revista Brasileira de Reumatologia, Volume 53, Issue 1, 2013
- Bergantini, L., d’Alessandro, M., Cameli, P. et al. Effects of rituximab therapy on B cell differentiation and depletion. Clin Rheumatol 39, 1415–1421 (2020).
- Eves AM, Jovanovic BD, Su YC, et al. Rituximab-associated hepatitis B virus (HBV) reactivation in lymphoproliferative diseases: meta-analysis and examination of FDA safety reports. Ann Oncol. 2011;22(5):1170-1180.
- Reações infusionais imediatas a agentes imunobiológicos endovenosos no tratamento de doenças autoimunes: experiência de 2.126 procedimentos em um centro de infusão não oncológico, Revista Brasileira de Reumatologia, Volume 54, Issue 2, 2014