Cirurgias não cardíacas de alto risco são aquelas com alta probabilidade de complicações cardiovasculares, incluindo morte, infarto do miocárdio e AVC. O risco depende do tipo, duração e urgência do procedimento. As cirurgias são estratificadas conforme o risco intrínseco de complicações cardiovasculares associadas ao procedimento. A diretriz europeia classifica as cirurgias em três grupos conforme a tabela a seguir.
Qualquer ato cirúrgico pode aumentar os níveis de cortisol e catecolaminas e levar a uma resposta inflamatória exacerbada. Variações na temperatura corporal, sangramento, transfusões, desequilíbrio hídrico e alterações na resistência vascular podem resultar em isquemia miocárdica ou descompensação de cardiopatias subjacentes.
Entre os exemplos de procedimentos de alto risco estão cirurgias aórticas e vasculares de grande porte, intervenções pancreáticas e hepáticas extensas, pneumectomias e transplantes de órgãos sólidos. Devido à alta probabilidade de eventos cardiovasculares, recomenda-se planejamento perioperatório rigoroso, visando minimizar desfechos adversos e melhorar a segurança do paciente.