Doenças hepáticas crônicas levam à fibrose hepática, o que se relaciona com desfechos negativos. Descompensação hepática, complicações da hipertensão portal (sangramento varicoso, encefalopatia hepática e ascite) e carcinoma hepatocelular ocorrem quase exclusivamente em pessoas com fibrose avançada.
A biópsia hepática é o método tradicional de avaliação de fibrose hepática. Porém, a biópsia não é amplamente acessível, além de ser invasiva e com riscos pequenos, porém significativos. Recentemente, métodos não invasivos laboratoriais e de imagem para quantificar fibrose hepática têm ganhado importância. Entre eles estão a elastografia por ultrassom ou ressonância e o escore FIB-4.
Os escores histológicos de fibrose são específicos de cada doença hepática e tecnicamente não são equivalentes entre diferentes condições. Visando harmonizar os escores para estudo dos métodos não invasivos de quantificação de fibrose, o grupo da American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) incorporou os vários sistemas histológicos de estadiamento de fibrose em um esquema único de F0 até F4. Nessa proposta, fibrose significativa estaria de F2 a F4, fibrose avançada de F3 a F4 e cirrose apenas F4.
Referências:
- Sterling RK, Patel K, Duarte-Rojo A, Asrani SK, Alsawas M, Dranoff JA, Fiel MI, Murad MH, Leung DH, Levine D, Taddei TH, Taouli B, Rockey DC. AASLD Practice Guideline on blood-based noninvasive liver disease assessment of hepatic fibrosis and steatosis. Hepatology. 2024.
- Sterling RK, Duarte-Rojo A, Patel K, Asrani SK, Alsawas M, Dranoff JA, Fiel MI, Murad MH, Leung DH, Levine D, Taddei TH, Taouli B, Rockey DC. AASLD Practice Guideline on imaging-based noninvasive liver disease assessment of hepatic fibrosis and steatosis. Hepatology. 2024.