Hipertensão arterial resistente é caracterizada pela manutenção de níveis pressóricos acima do alvo terapêutico apesar do uso de, ao menos, três fármacos anti-hipertensivos de classes diferentes em doses máximas toleradas, incluindo obrigatoriamente um diurético.
Deve-se excluir a chamada “pseudorresistência”, isto é, aferições incorretas de pressão arterial ou baixa adesão do paciente ao esquema prescrito. Entre as possíveis causas de hipertensão arterial resistente estão: hiperaldosteronismo primário, doença renal crônica, apneia obstrutiva do sono e uso de medicações que elevam a pressão arterial (como anti-inflamatórios não esteroides).
O manejo envolve intensificação da terapia anti-hipertensiva, otimização do tratamento não farmacológico e investigação de causas secundárias de hipertensão.
O manejo da hipertensão arterial sistêmica na doença renal crônica tem particularidades que podem dificultar o controle pressórico. Este tópico aborda as principais diretrizes de tratamento para esses pacientes, incluindo a de 2023 da European Society of Hypertension (ESH) e de 2024 do Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) e da European Society of Cardiology (ESC).