Os inibidores de checkpoint são uma classe de medicamentos utilizada em vários tipos de câncer, visando as vias regulatórias do sistema imunológico, conhecidas como checkpoints. Esses pontos de verificação (checkpoints), que incluem a molécula 4 associada a linfócitos T citotóxicos (CTLA-4), receptor de morte celular programada 1 (PD-1) e ligante de morte celular programada 1 (PD-L1), são vias inibitórias que mantêm a autotolerância e auxiliam na resposta imunológica.
As células do câncer podem se aproveitar desses pontos de controle para evitar o reconhecimento e a destruição imunológica. Os inibidores de checkpoint funcionam bloqueando essas vias, aumentando assim a atividade imunológica do hospedeiro contra tumores. Isso é conseguido evitando que as proteínas do checkpoint se liguem às proteínas parceiras, o que interrompe a sinalização que inibe a resposta imune.
Ao aumentar a atividade imunológica, os inibidores de checkpoint podem causar efeitos adversos inflamatórios. Esses efeitos são denominados eventos adversos relacionados ao sistema imunológico. Qualquer orgão pode ser afetado, mas os mais comuns são trato gastrointestinal, glândulas endócrinas, pele e fígado.
Essa descoberta impactou tanto a oncologia que resultou no prêmio Nobel para os pesquisadores.
Referências:
- Huang PW, Chang JW. Immune checkpoint inhibitors win the 2018 Nobel Prize. Biomed J. 2019.
- Postow MA, Sidlow R, Hellmann MD. Immune-Related Adverse Events Associated with Immune Checkpoint Blockade. N Engl J Med. 2018.
- Banday AH, Abdalla M. Immune Checkpoint Inhibitors: Recent Clinical Advances and Future Prospects. Curr Med Chem. 2023.