A isquemia crítica é uma condição grave caracterizada por dor isquêmica crônica em repouso, úlceras ou gangrena em uma ou ambas as pernas devido a doença arterial oclusiva comprovada objetivamente. A condição implica cronicidade, distinta da isquemia aguda de membros. A síndrome clínica da isquemia crítica inclui dor isquêmica em repouso ou perda de tecido, como úlceras não cicatrizantes ou gangrena, relacionadas à doença arterial periférica.
Os métodos diagnósticos envolvem avaliação clínica e medições hemodinâmicas objetivas. Testes vasculares não invasivos, como o índice tornozelo-braquial, são comumente usados para avaliar a gravidade da doença oclusiva arterial. Modalidades de imagem, incluindo a angiografia por tomografia computadorizada, podem fornecer uma visualização detalhada da anatomia vascular e da extensão da doença oclusiva, crucial para o planejamento do tratamento. O manejo frequentemente envolve estratégias de revascularização, endovascular ou cirurgica aberta.
Referências:
- Novo S, Coppola G, Milio G. Critical limb ischemia: definition and natural history.
Curr Drug Targets Cardiovasc Haematol Disord.
2004.
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18 de Julho de 2022
Reposição Intravenosa de Ferro
A anemia ferropriva é a causa mais comum de anemia no mundo. A reposição intravenosa de ferro é preferida em alguns casos devido a rápida correção da hemoglobina. Em maio de 2022, o Annals of Internal Medicine publicou um trabalho sobre o risco de anafilaxia associada ao uso de ferro intravenoso. Aproveitando o artigo, vamos revisar o tema.
20 de Novembro de 2023
Estatinas e Eventos Adversos
As estatinas são a primeira linha de tratamento farmacológico para o controle da dislipidemia. Existe preocupação quanto aos efeitos adversos dessas medicações. Em setembro de 2023 o British Medical Journal publicou um estudo que comparou a eficácia e segurança de duas estatinas: rosuvastatina e atorvastatina. Este tópico traz um resumo das evidências sobre o assunto e os resultados do artigo.
2 de Setembro de 2024
Diagnóstico e Manejo de Nefrite Lúpica
A nefrite lúpica é uma manifestação grave do lúpus eritematoso sistêmico, acometendo até 50% dos pacientes e evoluindo para doença renal crônica em até 30% dos casos em 15 anos. Em junho de 2024, foi publicado o II consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico e manejo da nefrite lúpica. O tópico “Diagnóstico e Manejo de Nefrite Lúpica” aborda os principais pontos do consenso.