Isquemia Crítica

A isquemia crítica é uma condição grave caracterizada por dor isquêmica crônica em repouso, úlceras ou gangrena em uma ou ambas as pernas devido a doença arterial oclusiva comprovada objetivamente. A condição implica cronicidade, distinta da isquemia aguda de membros. A síndrome clínica da isquemia crítica inclui dor isquêmica em repouso ou perda de tecido, como úlceras não cicatrizantes ou gangrena, relacionadas à doença arterial periférica.

Os métodos diagnósticos envolvem avaliação clínica e medições hemodinâmicas objetivas. Testes vasculares não invasivos, como o índice tornozelo-braquial, são comumente usados para avaliar a gravidade da doença oclusiva arterial. Modalidades de imagem, incluindo a angiografia por tomografia computadorizada, podem fornecer uma visualização detalhada da anatomia vascular e da extensão da doença oclusiva, crucial para o planejamento do tratamento. O manejo frequentemente envolve estratégias de revascularização, endovascular ou cirurgica aberta.


Referências:

  1. Novo S, Coppola G, Milio G. Critical limb ischemia: definition and natural history. Curr Drug Targets Cardiovasc Haematol Disord. 2004.

Aproveite e leia

1 de Julho de 2024

Eutireoideo Doente e Função Tireoidiana no Paciente Hospitalizado

A análise da função tireoidiana sofre muitas interferências no paciente hospitalizado, dificultando a interpretação clínica. A alteração dos exames tireoidianos em uma doença sistêmica não tireoidiana é denominada síndrome do eutireoideo doente. Esse tópico revisa o tema.

4 de Dezembro de 2023

Betabloqueadores para Hipertensão Arterial

Um dos pontos mais polêmicos do tratamento de hipertensão arterial é o uso de betabloqueadores. Inspirados pela nova diretriz da Sociedade Europeia de Hipertensão Arterial (ESH), disponível em novembro de 2023, trazemos hoje uma revisão sobre o tema. Será que tem evidência para usar betabloqueadores na hipertensão?

2 de Janeiro de 2023

Desmame de Ventilação Mecânica e Testes de Respiração Espontânea

A identificação precoce do paciente capaz de respirar espontaneamente pode reduzir o tempo de ventilação mecânica. Recomenda-se o uso de testes de respiração espontânea para tentar identificar o paciente apto à extubação. Em novembro de 2022, foi publicado um artigo no New England Journal of Medicine (NEJM) comparando as duas estratégias, e aproveitamos para revisar sobre o assunto.